Margaret Mee
—Vamos conhecer ?
Margaret Mee ( 1909-1988 ), artista botânica, viveu no Brasil durante 30 anos, quando realizou várias expedições a Amazônia, coletou e pintou com precisão e habilidade, diversas plantas da nossa flora tropical.
Nasceu em Cresham e desde cedo, mostrou-se atemporal e muito talentosa para o desenho.
Junto com seu primeiro marido Reg Barlett, era politicamente ativa na sociedade de Londres e mostrava paixão por seus ideais na sua oratória, o que era extremamente irreverente numa época em que as mulheres permaneciam em silêncio.
Fez a Escola de Arte de St. Martin em Londres, onde conheceu seu segundo marido, Greville Mee, e a Escola da Arte de Camberwell, também em Londres, onde se tornou professora.
Margaret Mee veio com o marido ao Brasil em 1952 para cuidar de sua irmã doente em São Paulo, se apaixonaram pelo local e decidiram morar por aqui, começando a dar aulas de arte na Escola Britânica de São Paulo, além de se tornar artista-ilustadora pelo Instituto de Botânica de São Paulo.
Nos primeiros 5 anos em São Paulo, ficou fascinada pela pela Mata Atlântica, pintando as plantas e flores exuberantes que encontrava.
Com o crescente interesse pela Floresta Amazônica, mudou- se para Belém do Pará.
Muitas expedições foram feitas sozinha pela Amazônia e por outras florestas do Brasil, mas isso é tema para o próximo post.
Já no Rio de Janeiro fez a ilustração do livro sobre orquídeas brasileiras de Guido Pabst e publicou 2 outros livros internacionais com suas pinturas da Floresta Amazônica.
Nos últimos anos se dedicou muito a preservação da Amazônia, chamando a atenção inclusive de países como a Inglaterra e os Estados Unidos.
É considerada uma das mais prestigiadas ilustradoras científicas que já estiveram no Brasil.
Faleceu em 1988 em um acidente de carro, porém seu legado permanece vivo através do seu papel de artista e ativista da natureza, da sua documentação da biodiversidade da flora brasileira e de seus livros e pinturas com impressionante riqueza de detalhes.
Fontes:
Netnature
Centro Mário Schenberg (ECA-USP)